Culinária Moçambicana

Culinária Moçambicana
Lara Lopes, culinária moçambicana

Lara Elizabeth Lopes encontrou na gastronomia uma forma de trazer suas origens moçambicanas ao Brasil

Lara Elizabeth Lopes é natural de Maputo, na África Oriental. Mudou-se para São Paulo em setembro de 2013, em busca de maior liberdade para ser quem realmente é, afastando-se, sobretudo, do preconceito, discriminação e homofobia. “Vim por causa da minha orientação sexual, para poder viver livremente. No começo foi difícil para me adaptar. São culturas e hábitos diferentes. Mas com a ajuda de alguns amigos fui me integrando e aprendendo a viver no Brasil”, conta.

A gastronomia sempre foi um hobby, de tal forma que Lara nunca pensou em seguir o ofício como profissão. Entretanto, morando não só em um país diferente, como também um continente diferente, longe de sua terra natal e de suas origens, a saudade da comida e dos temperos típicos fez com que ela investisse na cozinha, principalmente na culinária moçambicana.

“Surgiu a oportunidade de usar a gastronomia para contar a história do meu país. Aprendi a cozinhar com a minha mãe em casa, e com as minhas tias, em ocasiões familiares”. Mais do que cozinhar para si mesma, relembrando a comida tradicional da região, a refugiada passou também a cozinhar para inspirar o povo brasileiro, compartilhando seus conhecimentos sobre sua cultura, tudo por meio da gastronomia.

Inspirada acima de tudo por uma culinária específica do Moçambique, ela passou a organizar cursos e projetos com o Sesc e o Senac em São Paulo. Ao final dos eventos, todos os alunos são convidados a degustar os pratos, apreciando principalmente suas particularidades de sabores, técnicas e especiarias da culinária moçambicana.

Apesar de não criar suas próprias receitas, Lara reproduz os preparos que mais marcaram sua vida no país natal. Entre as mais populares, destacam-se principalmente a Matapa – prato feito com a folha da mandioca cozinhada com leite de côco, amendoim pilado, tomate e cebola. Além disso, a região é famosa pelas Badjia – salgadinhos fritos feitos normalmente com farinha de feijão Nhemba – e M’boa, conhecida também como folha de abóbora.


Lara no Instagram: @lopes_maysha

Foto destaque: Acervo pessoal

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