Doces da Dudi
Débora Pena trabalha com confeitaria artesanal e conquistou os jurados do Que Seja Doce, do GNT
XXX, carinhosamente apelidada de Dudi, sempre teve contato com a gastronomia. “Aprendi a cozinhar com 10 anos, com a minha mãe. Eu era gordinha, ainda sou, e aprendi a cozinhar cedo para fazer tudo o que eu gostava [de comer]”, relembra. Aos 12, já era uma verdadeira aprendiz, e impressionava aos preparar deliciosos pães, bolos e doces.
Não à toa, trabalhar com culinária sempre foi seu maior objetivo profissional. Entretanto, quando chegou a hora de ir para a universidade, a mensalidade do curso de gastronomia tinha um valor muito acima do que poderia gastar. Por isso, ao invés de cursar gastronomia, Dudi ingressou na faculdade de nutrição. Mas quanto mais tempo se passava, mais ela percebia que não estava onde queria estar, e que sua verdadeira paixão era realmente trabalhar na cozinha.
Por isso, saiu de Osasco, sua cidade natal, e percorreu cerca de 180 km até Águas de São Pedro, para que pudesse fazer o vestibular de Gastronomia no Senac. “Mas não consegui fazer a prova. Cheguei um dia antes e, por conta da viagem, passei mal à noite toda e fui embora logo cedo, chorando no caminho de volta para casa, pois vi meu sonho ficando mais distante ainda”.
Tudo mudou no ano seguinte, quando Dudi decidiu prestar o vestibular novamente. Retornou a Águas de São Pedro e, felizmente, ganhou uma bolsa de estudos para a tão sonhada graduação de Gastronomia. Refletindo sobre suas maiores dificuldades, ela considera que a falta de grana certamente teve um grande impacto em sua profissionalização. Ainda que fosse uma das melhores alunas da universidade, ela conta que não conseguiu continuar se especializando para além da faculdade, uma vez que continuar fazendo cursos e estudar fora do país exigem um significativo investimento financeiro.
Mesmo assim, ela abriu mão de seus objetivos. Passou por cerca de 20 cozinhas de todos os tipos, desde restaurantes sofisticados de alta gastronomia a creches públicas – “uma das minhas maiores paixões”. Além disso, ela trabalhou na área de cozinha hospitalar, na qual era responsável por cuidar da dieta dos pacientes no Hospital Israelita Albert Einstein.
Ao longo dos anos, enquanto desbravava os diferentes ramos da gastronomia, ela admite que sempre fugia da confeitaria. “Gosto muito da cozinha quente”. Mas, por mais que tentasse escapar da confeitaria, a confeitaria não escapava dela. Talvez por pura coincidência da vida, ou quem sabe por destino. Acabou investindo no preparo de doces e sobremesas, e encontrou na confeitaria uma forma de trabalhar em casa e ter uma renda.
Decidiu então se inscrever no programa Que Seja Doce, do canal GNT. “Eu tinha acabado de perder o meu restaurante, que era como um filho para mim. Ainda sem fé em nada, me inscrevi no programa sem um pingo de crença de que aquilo daria certo”. Mas, para a sua surpresa, deu.
Dudi foi convidada a participar da sexta temporada da competição. Avaliada por Felipe Bronze, Roberto Strôngoli, Lucas Corazza e Carole Crema, ela teve que unir sua criatividade com técnicas afiadas e muito sabor. Como resultado, sua culinária conquistou os jurados e rendeu a ela o título de três vezes a confeiteira mais doce do episódio. “Foi incrível. Fiz exatamente o que prometi para minha mãe antes de sair de casa: que eu ganharia todas as provas e mostraria o quanto sou capaz”.
Atualmente, Dudi oferece seus serviços com pedidos sob encomenda, e no futuro pretende trabalhar com distribuição de bolos e doces para restaurantes. “Estou construindo uma cozinha industrial para poder produzir em grande escala. Mas ainda quero me especializar fora do país, na França ou Espanha”.
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Dudi no Instagram: @doces_da_dudi
Crédito da foto em destaque: Adalberto de Melo Pygmeu/Divulgação GNT.
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